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Motociclista atingido por Mercedes no Alphaville há um ano perdeu fonte de renda

por: Redação

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Arlison foi atingido em 20/5/24 por um carro de luxo em alta velocidade supostamente num racha quando levava uma passageira em sua moto

Até um ano atrás, Arlison da Silva Correia, terminava seus dias trabalhando como motociclista de aplicativo para reforçar a renda doméstica. Funcionário da secretária de uma escola pública no Sítio do Morro, em Santana de Parnaíba, casado e pai de dois meninos gêmeos de então três anos de idade, ele esticava a jornada de trabalho para reforçar o salário humilde que recebia.

Na noite de 20 de maio de 2024, não era diferente. Por volta das 21 horas, atendeu o pedido da massoterapeuta Maria Graciete Alves da Silva para levá-la do trabalho, no Alphaville, a sua residência, no Engenho Novo. Talvez fosse a última corrida da noite.

A Honda 125 sofreu perda total

Tudo corria bem até que, quando trafegava pela alameda Rio Negro, foi atingido por trás violentamente por uma Mercedes em alta velocidade, supostamente participando de um racha com outro carro da mesma marca.. No momento, Arlison nem percebeu que o motorista fugiu do local.

O resultado do choque foi que Grazi, a passageira, perdeu parte da perna esquerda e o motociclista sofreu escoriações pelo corpo e um grande corte na nuca. Ele foi socorrido, levado ao Sameb e, depois, ao Hospital Municipal, onde ficou sob observação para avaliar se não havia sofrido nenhuma lesão cerebral.

A moto, uma Honda 125, ano 2017, que ele havia comprado nova apenas para se locomover e a partir de 2022 passou a usar como ferramenta de trabalho, ficou destruída. Perda total.

Neste ano que se passou, a vida de Arlison mudou completamente. Sem a renda que obtinha com o aplicativo, a situação em casa se complicou. “Recebi ajuda, os amigos chegaram a fazer uma vaquinha na internet para que eu pudesse comprar outra moto para trabalhar”, lembra o motociclista. “Mas o valor arrecadado não foi suficiente e eu tenho usado com muita cautela nos gastos do dia a dia.”  Mas o dinheiro está acabando. “Foi o que me salvou até agora, mas o futuro imediato me preocupa”, afirma.

Arlison usava a moto para reforçar o orçamento doméstico

Ele nunca recebeu nenhum tipo de auxílio dos dois motoristas dos carros de luxo. O que o atingiu, o empresário Carlos André Pedroni, responde na Justiça por lesão corporal gravíssima, fuga do local do crime e omissão de socorro. Ele e o outro, o dentista de celebridades Roberto Viotto, são acusados de realizar um racha. Ambos negam, apesar de estarem a mais de 110 quilômetros por hora, um próximo ao outro, no momento do acidente.

Hoje, Arlison, aos 33 anos, espera por justiça. “Por enquanto, o que resta é agradecer por estar bem, veja o que aconteceu com a Grazi”, diz, referindo-se à passageira que perdeu a perna e também luta para retomar a vida (leia reportagem  AQUI) . “Essas coisas ensinam a gente a dar ainda mais valor à família, aos filhos.”

Enquanto isso, ele sonha um dia poder comprar um carro, não apenas para dirigir para aplicativo e voltar a complementar a renda, mas também passear com a esposa e seus dois meninos.

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