Aparelhos de seis vigilantes foram recolhidos para análise e quase dois meses após o crime, nada foi esclarecido
A Polícia Civil está periciando seis celulares de vigilantes que atuavam no Autódromo de Interlagos no dia 30/5, quando o empresário Adalberto dos Santos Júnior desapareceu após participar de um evento motociclístico. Quatro dias depois, ele foi encontrado morto em um buraco, em área em obras próximo ao local. O caso é tratado como homicídio e investigado pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).
Os aparelhos pertencem a funcionários das empresas Malbork e ESC Segurança. Antes da apreensão formal, três celulares já haviam passado por uma análise preliminar com autorização dos donos. Os laudos periciais foram anexados ao inquérito, que tramita sob sigilo.
Segundo a polícia, depoimentos colhidos até agora não apontam movimentações suspeitas. Funcionários afirmaram desconhecer qualquer incidente relevante naquela noite. A ESC, no entanto, omitiu dois nomes na lista de vigilantes enviada às autoridades, entre eles o de Leandro Thallis Pinheiro, preso por porte ilegal de arma durante operação relacionada ao caso. Ele foi liberado após pagamento de fiança.
Alisson Silva e Leandro Silva, da Malbork, também prestaram depoimento, cujo conteúdo não foi divulgado. Alisson, segundo apurado, já respondeu a uma denúncia por ter atirado na perna de um suspeito em 2023, dentro do autódromo.
As investigações continuam, e até o momento não há suspeitos identificados.