terça-feira, julho 1, 2025
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Morre historiador Elias Silva, principal pesquisador da história de Barueri

por: Redação

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Ninguém se dedicou a pesquisar a história da cidade de forma tão aprofundada. Ele conduziu a carreira acadêmica no sentido de explicar cada passo da vida de Barueri

Morreu na segunda-feira, 30/6, aos 62 anos, o barueriense Elias Manoel da Silva, doutor pela Universidade de São Paulo e maior estudioso da história de Barueri. Elias nasceu e viveu no Jardim Belval, estudou na EE José Wilson Padinha, jogou futebol nos times do bairro e encaminhou sua formação no estudo da história.

Ninguém se dedicou a pesquisar sobre a vida de Barueri de forma tão aprofundada. Ele conduziu sua carreira acadêmica no sentido de explicar cada passo da vida de Barueri, da fundação da aldeia jesuítica até os últimos anos do século 20. Esse trabalho resultou em dois livros de referência: Barueri, História Revista e Documentada, 1560-1994 e História de Barueri – Capítulos de História Municipal.

Um de seus achados é o desmentido sobre a origem do nome da cidade, que muitos atribuem ao tupi-guarani e que significaria “flor vermelha que encanta”. A expressão está até no hino da cidade. “Não há qualquer referência a isso em nenhum documento histórico”, explicou ele, em entrevista dada ao Barueri na Rede em 2016. “Essa versão, aliás, é bem recente, só começa a ser citada depois da emancipação.”

Ao contrário, suas pesquisas encontraram citações antigas, em textos oficiais do século 16, que se referem a um ponto do Tietê chamado de “barriere”, que vem do francês e tem o significado de barreira. Era exatamente o que havia no rio na altura da Aldeia de Barueri.

Elias também estudou profundamente o período que antecedeu a emancipação e os anos que se seguiram. “O processo de separação de Santana de Parnaíba durou 30 anos, desde 1918 até a realização do plebiscito que garantiu a criação do município, em 1948”, explicava ele. “Durante essas três décadas, os baruerienses fizeram várias tentativas, todas frustradas, mas isso mostra o quanto estavam determinados a conseguir seu objetivo.”

Em 2016, Elias foi o milésimo paciente a receber um coração por transplante no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas, o InCor. Desde então, tornou-se um símbolo do InCor e referência em campanhas para estimular a doação de órgãos.

Ele foi professor universitário e diretor do Museu Municipal.

Leia entrevista em que Elias Silva contou ao Barueri na Rede, em 2016 a história da emancipação de Barueri e seus primeiros desafios: A emancipação só veio quando todos se uniram.

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