Hytalo já era alvo de investigação pelo Ministério Público da Paraíba por suposta exploração e exposição de menores em conteúdos publicados em suas redes sociais
O influenciador digital Hytalo Santos e seu marido, Israel Nata Vicente, foram presos preventivamente na manhã de sexta-feira, 15/8, em uma residência de alto padrão, em Carapicuíba. Ambos foram indiciados por tráfico de pessoas, exploração sexual, trabalho infantil e produção de vídeos envolvendo o constrangimento de crianças e adolescentes.
A prisão foi efetuada por agentes da 3ª Delegacia de Investigações sobre Estelionato e Crimes Contra a Fé Pública (DIG), vinculada ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). Os mandados foram expedidos pelo juiz Antônio Rudimacy Firmino de Sousa, da 2ª Vara da Comarca de Bayeux, na Paraíba.
Hytalo já era alvo de investigação pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) por suposta exploração e exposição de menores em conteúdos publicados em suas redes sociais. Ele também é investigado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) por possíveis irregularidades relacionadas ao trabalho infantil.
O caso ganhou grande repercussão após o youtuber Felca, que possui mais de 4 milhões de inscritos, mencionar Hytalo em um vídeo que abordava a “adultização” de crianças e adolescentes nas redes sociais.
De acordo com a decisão judicial que embasou os mandados de prisão, há fortes indícios de crimes como tráfico de pessoas, exploração sexual, produção e divulgação de vídeos envolvendo menores em situações constrangedoras, além de trabalho infantil irregular.
Ainda segundo a investigação, parte do conteúdo produzido era enviado para a Europa. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) proíbe qualquer forma de constrangimento de menores, motivo pelo qual a Justiça da Paraíba determinou, no último dia 12/8, o bloqueio das redes sociais de Hytalo.
A pedido da promotora Ana Maria França, do MPPB, os vídeos publicados por Hytalo em diferentes plataformas também foram desmonetizados, ou seja, não podem gerar receita financeira, pedido que foi acatado pelo Judiciário.
A prisão contou com o apoio conjunto da Polícia Civil da Paraíba, da Polícia Civil de São Paulo e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). O casal permanecerá detido até o julgamento do caso.