De acordo com familiares, mãe entrou em trabalho de parto já na 41ª semana de gestação e hospital não quis fazer cesareana
Uma família do Parque Viana denuncia negligência por parte da Maternidade Municipal que teria resultado na morte de um bebê devido ao atraso na realização do parto.
Geisery Batista entrou em trabalho de parto na noite de domingo e se dirigiu à Maternidade Municipal. Ela já estava na 41ª semana de gestação, a criança tinha os sinais vitais ativos, mas não havia dilatação.
A partir de sua entrada, a mãe viveu um drama que durou mais de oito horas, à espera da realização de exames. Em dado momento, na madrugada, ela foi informada que o coração da menina havia parado. Geisery então foi transferida para o Hospital Francisco Moran, onde foi confirmada a morte.
A família não se conforma com a situação e afirma que 12 anos atrás aconteceu algo semelhante. Houve um erro na identificação do tipo sanguíneo que resultou em sequelas ao bebê, que sobreviveu com problemas e morreu aos quatro anos de idade por falta de atendimento.
Para a família, a morte da criança no domingo deveu-se a negligência, pois a gravidez estava em estado muito adiantado e a cesárea deveria ter sido feita. A espera de horas teria sido a causa da morte da criança. “Eles não queriam fazer a cesárea”, afirma Geisery. “A criança era perfeita, mas deixaram passar da hora de nascer.”
Depois que o caso foi para as redes sociais, muitos internautas relataram ter passado pela mesma situação na Maternidade Municipal. Por isso, os familiares pretendem ir à Justiça contra a gestão. “Vamos fazer isso para que outras famílias não passem o que estamos passando”, afirma Adão Gomes, avô da criança. Um boletim de ocorrência sobre o caso já foi feito.
A família espera o laudo do Instituto Médico-Legal para sepultamento do bebê, previsto para ter início às 13 horas de terça-feira, 24/12, véspera de Natal.
O Barueri na Rede enviou à administração municipal mensagem pedindo esclarecimentos sobre o caso, mas não recebeu resposta da Secretaria de Comunicação até o fechamento desta reportagem.