Falta de equipamento em UBSs de Barueri põe em risco vida de crianças

Cateter (agulha) para aplicação de medicação na veia está em falta há pelo menos três semanas em unidades da cidade

A falta de um produto básico nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de  Barueri para aplicação de medicação venosa está colocando a vida de crianças em risco. Há semanas não há nas unidades cateteres, ou agulhas, utilizadas para injetar medicamentos nas veias de pacientes infantis e, em alguns pontos, já faltam para adultos também.

Um caso que ilustra o problema ocorreu na UBS Júlio Lizart, no Vale do Sol. Familiares de uma criança de um ano e dois meses contam que na sexta-feira da semana passada, 23/5, viveram momentos de pânico.

O bebê foi levado à unidade e, no local, foi constatado que estava em parada cardíaca. A medida emergencial seria a aplicação de uma medicação na veia, mas no local não havia agulha para crianças, no caso, Jelco 22 ou 24, específica para veias infantis, que são muito mais finas.

A solução seria chamar o Samu, mas uma servidora tinha em sua bolsa um cateter que havia obtido em outro local em que trabalha. Com isso, a criança foi medicada e se recuperou.

O Barueri na Rede então procurou saber se o produto estava em falta em outras unidades e nas duas primeiras que procurou, no Jardim Tupã e na recém-inaugurada do Jardim do Líbano, também não havia.

Segundo a apuração do BnR, as agulhas para crianças estão em falta há pelo menos três semanas e as de adultos estão acabando, sem que haja previsão de reposição. Enquanto isso, os servidores estão improvisando com equipamentos inadequados. Ou procuram trazer o equipamento de locais em que trabalha em outros municípios.

Os cateteres são um produto fundamental em unidades de saúde para aplicação de medicação e sua falta pode pôr em risco até a vida do paciente, como no caso do Vale do Sol.

O Barueri na Rede procurou a prefeitura, por meio da Secretaria de Comunicação (Secom), para saber porque as agulhas estão faltando e se há previsão para reposição, mas até o fechamento desta reportagem não recebeu nenhuma resposta.