Áreas de risco de desmoronamento e alagamento vêm sendo monitoradas pelo serviço
As chuvas que vêm caindo em janeiro e a previsão de que devem se intensificar nos próximos dias colocaram a Defesa Civil de Barueri em alerta. Há dias o volume de água decorrente das chuvas tem causado problemas e tensão.
Nesta quinta-feira, 26/1, houve chuva forte, longa e persistente, porém de baixa intensidade, e não foram registrados incidentes graves na cidade. “Temos em média, de sete a oito pontos de risco. Sempre que está para vir uma chuva, nós estamos passando neles”, explica a subinspetor da Defesa Civil de Barueri, Alexandre Leal.
A orientação geral é não jogar lixo nas ruas e nos córregos, pois esses detritos favorecem os alagamentos porque impedem o escoamento das águas. Além disso, os moradores podem ajudar mantendo bueiros e calhas limpos. Na semana passada o Barureri na Rede noticiou vários pontos de alagamentos na cidade (leia a matéria), um desmoronamento (veja aqui), e desde dezembro várias árvores caíram em razão das fortes chuvas.
No Parque Esmeralda, várias casas continuam interditadas por causa do deslizamento de uma encosta na tarde do último sábado, 21/1. A terra sob um conjunto de quatro casas na rua Onix começou a ceder por volta das 14 horas, deixando as construções praticamente sem apoio. (leia matéria completa)
Os terrenos estão sendo monitorados e lonas foram colocadas para minimizar os riscos de mais desmoronamento. Os moradores, que foram retirados das residências, receberam auxílio emergencial, e segundo a Defesa Civil todos foram acolhidos por amigos e parentes e tiveram o apoio da Promoção Social.
No Parque Imperial, a rua Duarte da Costa chegou a ser tomada pela água e o trânsito ficou temporariamente interditado devido a uma barricada feita com caixotes por comerciantes para impedir que, ao passar, os veículos empurrassem a água para o interior dos estabelecimentos. Em pouco tempo a água baixou e nenhum incidente foi registrado. Em 2016, o bairro sofreu com um desmoronamento parcial do único acesso de moradores. O BnR fez uma série de reportagens sobre o ocorrido (leia aqui).
O que fazer em casos de risco
Moradores de áreas de encosta precisam ficar atentos a alguns sinais que podem indicar a instabilidade do terreno. Rachaduras em paredes, tijolos, concreto ou no chão, afundamento do solo e ruídos na residência são os principais indícios de que algo pior pode acontecer. Diante desses sinais, os moradores devem deixar o imóvel imediatamente e acionar a Defesa Civil ou o Corpo de Bombeiros.
Deve-se evitar transitar ou enfrentar a pé locais alagados e ruas inundadas, pois debaixo da água podem surgir armadilhas como bueiros abertos ou buracos. Os motoristas devem reduzir a velocidade do veículo e evitar passar próximo a rios e córregos. Não é aconselhável passar por locais em que não se pode ver a via.
De maneira preventiva, além e evitar o descarte de lixo de forma indevida, e no caso de obras, é recomendado o acompanhamento de um técnico responsável para verificar, principalmente, cortes em taludes. “Esse cuidado é importante para minimizar os riscos de que, no futuro, com o tempo e o volume de chuvas, ocorra o que chamamos de desagregação do solo. Isso é uma das grandes causas de desmoronamento de barrancos hoje”, alerta Leal.
“Se houver dúvidas de alguma morador sobre um corte no terreno, seja dele ou de um vizinho, nós orientamos”, explica. Entretanto, esse trabalho é limitado já que, sendo a Defesa Civil um órgão público, há impedimentos legais para prestação de serviços particulares.