Documento emitido pela prefeitura afirma que bebê morreu por falta de oxigênio, situação em que o parto deve ser realizado com urgência
A criança que morreu no Hospital Municipal na manhã de segunda-feira, 23/12, pode ter sido vítima de inépcia dos profissionais que atenderam a mãe na Maternidade Municipal. Ao menos é o que indica laudo emitido pela própria prefeitura.
No documento, consta que a causa da morte foi anoxia antenatal, que é falta de oxigênio para a criança. Esse fator pode levar a morte ou, em caso de sobrevivência, causar graves sequelas neurológicas permanentes para o bebê.
Geisery Batista entrou em trabalho de parto na noite de domingo, 22/12, e se dirigiu à Maternidade Municipal. Ela já estava na 41ª semana de gestação, a criança tinha os sinais vitais ativos, mas não havia dilatação. Nesses casos, a prática médica recomenda a indução ao nascimento por cesareana.
No entanto, não foi o que aconteceu. A mãe passou a madrugada sem receber nenhuma informação nem que nenhum procedimento fosse realizado, até que lhe disseram que o coração da menina havia parado. Geisery então foi transferida para o Hospital Francisco Moran, onde foi confirmada a morte às 8h33.
Para a família, a morte da criança deveu-se a negligência e o laudo confirmaria isso, pois a gravidez estava em estado muito adiantado e a cesárea deveria ter sido feita. A espera de horas teria sido a causa da morte. “Eles não queriam fazer a cesárea”, afirma Geisery. “A criança era perfeita, mas deixaram passar da hora de nascer.”
Por isso, os familiares pretendem ir à Justiça contra a gestão. “Vamos fazer isso para que outras famílias não passem o que estamos passando”, afirma Adão Gomes, avô da criança. Um boletim de ocorrência sobre o caso já foi feito.
Depois que o Barueri na Rede, publicou o caso, na terça-feira, 24/12, muitos internautas relataram ter passado pela mesma situação na Maternidade Municipal. Por isso, Geisery os familiares pretendem ir à Justiça contra a gestão.
O BnR enviou à administração municipal mensagem pedindo esclarecimentos sobre o caso, mas não recebeu nenhuma resposta da Secretaria de Comunicação.