Munícipes alegam não ter tido o apoio da Prefeitura. Em alguns casos, de acordo com moradores, áreas não foram ao menos interditadas
Por Ingrid Miranda
A chuva da madrugada da última segunda-feira, 10/2, que deixou grande parte da cidade alagada, ainda está afetando a vida dos moradores, que reclamam do descaso das autoridades em relação aos danos causados pela enchente. Em alguns casos, vítimas alegam que casas em áreas de risco não foram isoladas.
“Moro na rua do Sol, que foi atingida pela chuva. A Defesa Civil esteve aqui, interditou algumas casas, o escadão próximo à minha e falou para o restante que não corremos riscos. Têm casas com rachaduras no piso e nas paredes”, revela uma moradora do Jardim Tupanci. “Nesta quinta-feira (13/2), fizeram uma reunião dizendo que vão pagar um auxílio aluguel, mas estamos esperando. O que queremos saber é o que acontecerá depois, com as nossas casas e para onde vamos?”, conclui ela ao Barueri na Rede.
Já no Centro, uma moradora conta que três casas, incluindo a dela, foram afetadas por um deslizamento de terra. “O deslizamento ocorreu na segunda-feira (10/2), e a Defesa Civil só apareceu por aqui ontem (quarta-feira, 12/2). A casa do nosso vizinho ficou em uma situação pior que a nossa, e ele decidiu sair. No nosso caso, mesmo com o deslizamento, nos informaram que não havia riscos”, relata a moradora da rua Damião Fernandes.
“O problema é que não há fiscalização em um esgoto na rua de cima, e acreditamos que provavelmente o que ajudou no deslizamento foi a infiltração desse esgoto”, declara a moradora. “Então estamos aqui, sem receber nenhum tipo de ajuda e com medo de a situação piorar”, conclui ela.
O Barueri na Rede entrou em contato com a Prefeitura por meio da Secretaria de Comunicação (Secom), questionando se será oferecido algum tipo de ajuda aos moradores com casas interditadas ou em situação de deslizamentos de terra. Além disso, foi perguntado sobre casas que estão em áreas de deslizamento, mas não foram interditadas, e quais providências os moradores deveriam tomar. Até o fechamento desta reportagem, não houve nenhuma resposta.