Menina de 12 anos, moradora do Jardim São Pedro, ‘sangra’ por diversas partes do corpo mesmo sem nenhuma lesão. Sangramentos acontecem há pelo menos 11 meses
No início da semana, o Barueri na Rede foi procurado por uma família que pede ajuda para que a filha de 12 anos, moradora do Jardim São Pedro, consiga uma respota para um problema que enfrenta há pelo menos 11 meses. A criança sangra por diversas partes do corpo, mesmo sem nenhuma lesão, e médicos não conseguem chegar a um diagnóstico.
Leonardo, irmão da menina, conta que a família já procurou todo tipo de ajuda para a criança, que não pode mais frequentar a escola, não tem redes sociais e não sai em público com receio das pessoas. “Ela já ficou internada algumas vezes, já passou em médicos oftalmologistas, dermatologistas, hematologistas, mas ninguém consegue nos ajudar”, desabafa Leonardo ao BnR.
A família conta que os sangramentos surgiram na área dos olhos, mas, hoje, o problema vem se agravando cada dia mais. “Ela convive com sangramentos na área dos olhos, boca, nariz, orelhas, no couro cabeludo e agora, até na barriga. Porém, não há lesão em nenhum desses lugares do corpo, não sabemos o que fazer”, continua Leonardo.
Na última semana, a menina chegou a ficar internada no HMB do dia 1º ao dia 5, mas recebeu alta e voltou para casa sem resposta. Na documentação da internação consta que a criança foi transferida do Sameb para o HMB para uma avaliação com dermatologista para esclarecimento do diagnóstico de sangramento. Depois, teve alta com a alegação de que ela não tinha febre, emagrecimento ou outras alterações sistêmicas, não havendo piora nos últimos meses.
“Fiz uma publicação no Facebook e coloquei todo o relato com as fotos do sangramento. Um médico chegou a nos procurar informando que, pelas fotos, ele suspeita de uma doença chamada hematidrose, que faz a pessoa ‘suar sangue’ por qualquer parte do corpo, mas não sabemos o que é, precisamos de ajuda”, conta o irmão.
“No meio do ano passado ela chegou a ser afastada da escola por conta dos sangramentos constantes, e esse ano ela voltou a tentar frequentar o colégio, mas como sangra todos os dias, a direção sempre manda de volta para casa”, relata. “Ela não tem amigos, não tem redes sociais, fora o bullying que sofre na escola. A doença que não tem nome já virou uma depressão para ela”, conclui Leonardo ao BnR.
O Barueri na Rede tentou contato com a Prefeitura, por meio da Secretaria de Comunicação (Secom), pedindo um posicionamento sobre o caso, já que a menina passou por diversas unidades de saúde da cidade e continua sem diagnóstico. Também questionou quais providências seriam tomadas quanto ao caso.
Em nota, a Secom disse que desde a primeira consulta na cidade, a paciente está recebendo atenção constante da saúde de Barueri, inclusive com acompanhamento de diversas especialidades e encaminhamento para unidades referenciadas, a fim de oferecer o plano terapêutico mais abrangente e específico para o quadro.
A Secretaria afirma ainda, que a paciente permanece assistida pela rede municipal de saúde e que, devido ao sigilo médico, informações sobre diagnósticos e detalhes do tratamento não podem ser fornecidos.