Projeto foi criado por professora da escola e desenvolvido por alunos do sétimo, oitavo e nono anos
Por Thiago Correia
Desenvolver a imaginação e provocar reflexão sobre os meios de comunicação em massa. Esse é o foco de um projeto de arte da Emef Dalva Fogaça, no Jardim Silveira. Desenvolvido pela professora Tânia Mara Sorreano, o Aluno Criatura foi criado para humanizar as relações virtuais.
O projeto, que começou em fevereiro e será concluído no início de agosto, é realizado por alunos do sétimo, oitavo e nono ano da escola. “A arte é uma forma privilegiada de representação humana, instrumento essencial para o desenvolvimento da consciência, pois propicia ao homem um contato consigo mesmo e com o universo”, conta a professora Tânia Mara ao Barueri na Rede. “Com o projeto Aluno Criatura, os alunos têm a oportunidade de conhecer várias formas de Arte, desenvolver a imaginação criadora, a percepção, fazendo aflorar a sensibilidade por meio da estética, destacando assim a contribuição afetiva e cognitiva”, afirma.
Ela explica que além de humanizar as relações virtuais, o projeto foi criado para auxiliar na dificuldade de aprendizagem dos alunos, que por meio de atividades e performances, terão momentos de produções artísticas e ações que integram o perceber, o aprender, o imaginar, o pensar, o recordar, o sentir, o expressar e o comunicar. Apresentações de dança, violino, violão, performances durante o intervalo, confecção de roupas e objetos recicláveis, além de pintura de tampinhas de garrafas pet – que serão entregues no encerramento do projeto – fazem parte de algumas das atividades desenvolvidas pelos alunos. “É notório o envolvimento dos alunos e a alegria que eles manifestam quando estão vestidos com as roupas que confeccionaram”, exalta a professora.
“Achei esse projeto muito importante e criativo. Estou participando dele e estou me empenhando bastante. Tenho certeza que o projeto ainda terá muitas novidades e apresentações”, conta um aluno. Amanda de Moura Oliveira, estudante do nono ano, também falou o que achou do projeto. “Gostei muito de participar, nós nos divertimos bastante com as roupas, as televisões feitas por nós mesmos. Aprendemos sobre a história da vídeo criatura, por quem foi feito e como foi feito. Eu amei esse projeto, foi muito bom participar. O melhor que já vi na escola”.
A educadora Tânia Mara atribui o sucesso do projeto aos alunos e também aos demais professores, já que os estudantes se ausentam de algumas aulas para desenvolver as atividades, como é o caso da professora Selmi. “O conhecimento em si deve ser amplamente significativo e prazeroso. Pesquisas revelam que alunos que têm competências socioemocionais mais desenvolvidas apresentam maior facilidade de aprender os conteúdos acadêmicos”, revela. “A professora Tânia foi muito feliz quando criou seu projeto, pois desperta no aluno o gosto pela pesquisa, criatividade, autonomia, entre outras habilidades, fortalecendo e criando novas sinapses, que é o carro chefe de uma atividade socioemocional”, completa.
“O projeto foi para provocar reflexão sobre nossas relações com os meios de comunicação em massa e sobre as relações com os cérebros eletrônicos, que fazem quase tudo, mas não são humanos”, conclui a professora Tânia Mara.