sábado, agosto 2, 2025
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Celulares apagados atrasam investigação de morte de empresário em Interlagos

por: Redação

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Suspeitos de participação na morte de Adalberto Junior silenciaram diante da polícia e destruíram mensagens de aparelhos

A polícia confirma que alguns dos vigilantes investigados por possível envolvimento na morte de Adalberto Júnior em Interlagos, apagaram informações de seus aparelhos celulares. O corpo do empresário em uma rede de óticas em Barueri e Osasco, foi encontrado num poço enterrado no autódromo de Interlagos, após ter participado de um evento de motocross.

O caso completou dois meses na quarta-feira, 30/7, e é considerado de difícil elucidação, de acordo com a delegada Ivalda Aleixo, responsável pela direção do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Ela afirmou que parte dos dados dos celulares foi apagada pelos próprios investigados.

Eles nos entregaram os celulares, como manda o procedimento legal, com a assinatura de termo. Porém, muitos conteúdos foram deletados. Por isso, solicitamos autorização judicial para acessar outros dados”, explicou a delegada. Ela também comentou que o resgate de informações armazenadas em nuvem pode levar mais tempo.

Entre os suspeitos estão cinco profissionais ligados à equipe de segurança, três vigilantes, um supervisor e um coordenador. Quatro já prestaram depoimento, mas optaram por permanecer em silêncio. Eles entregaram os telefones para análise técnica. Um quinto suspeito, que ainda não foi localizado e não entregou o aparelho celular, será intimado oficialmente.

O inquérito continua em andamento e o DHPP aguarda os resultados dos exames periciais, além de planejar novas oitivas de testemunhas. A polícia trabalha com a possibilidade de que dois desses cinco suspeitos tenham participação direta no assassinato de Adalberto.

Imagens de câmeras de segurança mostram os últimos instantes do empresário caminhando pelo estacionamento do local. Ele havia deixado seu carro na área.

Entre os investigados está o praticante de jiu-jitsu, Leandro de Tallis Pinheiro, que chegou a ser preso em flagrante por portar ilegalmente 21 munições de calibre 38. Após pagar fiança, ele foi liberado. O material foi apreendido. Ele exercia a função de coordenação na equipe de segurança no dia do evento e tem antecedentes por furto, associação criminosa e ameaça.

Até o momento, nenhum dos seguranças foi formalmente acusado pelo assassinato. A possibilidade de prisão preventiva de um ou mais suspeitos está sendo analisada pela polícia.

Uma das linhas de investigação considera que Adalberto possa ter sido morto após uma discussão com os seguranças, ocorrida quando ele teria entrado em uma área restrita do autódromo para chegar até o local onde teria estacionado o carro, durante o evento, no dia 30/5.

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