Medida é consequência das quedas dos níveis dos reservatórios e a consequente necessidade de acionamento de usinas termoelétricas, que são mais caras
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) adotou esta semana a bandeira vermelha patamar 2. As bandeiras são os indicadores que definem o valor da cobrança da conta de luz e a vermelha-2 é a mais alta. Ela significa reajuste de quase 80% no valor básico cobrado no consumo de energia elétrica. A medida é consequência do risco hidrológico provocado pelas quedas dos níveis dos reservatórios e a consequente necessidade de acionamento de usinas termoelétricas, que são mais caras.
Criado em 2015, o objetivo do sistema é tornar claro para o consumidor como é definido o preço da energia e estimular mudanças de hábitos de consumo para reduzir o valor da conta. Com a mudança da bandeira, o preço de cada 100 quilowatts-hora sobre de R$ 4,463 para R$ 7,877.
A sequência de bandeiras verdes, que começou em abril de 2022, foi interrompida em julho deste ano, com a bandeira amarela. Em agosto, voltou a bandeira verde e, desde setembro, a vermelha, que aliás, tinha sido acionada pela última vez em agosto de 2021, durante a crise hídrica.
O sistema de bandeiras tem quatro níveis. O primeiro é verde que não impõe custo extra. Depois, aparecem o amarelo, o vermelho-1 e o vermelho-2, cada um aplicando aumentos crescentes no preço da energia.