Caso de importunação sexual aconteceu na escola estadual Myrthes Therezinha Assad Villela, na região central
Um caso de importunação sexual mexeu com o cotidiano da escola estadual Myrthes Therezinha Assad Villela, na região central de Barueri. Uma aluna foi assediada por outra estudante trans, no banheiro da escola, na manhã de quarta-feira, 10/9.
Segundo o relato da estudante, ela estava com uma amiga no banheiro durante um intervalo de prova, quando uma aluna trans entrou no local também para uso pessoal – a diretoria da escola havia permitido o acesso da aluna trans ao banheiro feminino no início do ano. Ela teria passado a “encarar” a colega e, em determinado momento, passado a mão em seus seios.
Os pais da garota foram chamados à escola depois do incidente, e um boletim de ocorrência foi registrado na polícia. O pai da menina, um guarda civil de Barueri, conversou com a reportagem do Barueri na Rede.
Segundo ele, sua filha tem 16 anos de idade e estuda no 1º ano do ensino médio. A aluna trans, também de 16 anos, estuda em sala de aula diferente. “Na reunião de começo de ano, já havia pessoas dizendo que não ia dar certo (a aluna trans frequentar o banheiro feminino). Minha filha ficou bem abalada com o acontecido, que não é comum”, disse o pai. De acordo ainda com ele, sua filha tem recebido apoio psicológico, e a aluna trans não sofreu sanções da escola.
O Barueri na Rede também entrou em contato com a Diretoria de Ensino de Itapevi, responsável pelas unidades escolares estaduais de Barueri e a Secretaria de Educação do Governo de São Paulo. Segundo nota da Secretaria, “o caso também foi encaminhado ao Conselho Tutelar, que foi notificado para discutir as medidas cabíveis a partir da legislação vigente, em respeito aos direitos humanos e a dignidade de todos os alunos”.
O órgão estadual também manifestou que “repudia veementemente todo e qualquer ato de importunação sexual, dentro ou fora do ambiente escolar”. As estudantes, segundo a Secretaria, “receberão acompanhamento dos profissionais do programa Psicólogos nas Escolas e do Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar (Conviva SP). Paralelamente, serão realizadas ações educativas com toda a comunidade escolar”.