Eduarda Quevedo afirma que agressão ocorreu após ela ligar o celular para gravar a cena de outro policial que a ofendia
Uma advogada acusa um delegado de polícia de tê-la agredido dentro da Delegacia de Defesa da Mulher de Barueri (DDM) na tarde de quinta-feira, 27/1. Eduarda Portella Quevedo alega ter sido ofendida por um policial civil e, depois de ligar seu celular para gravar as ofensas, foi agarrada pelos braços pelo delegado de plantão e derrubada no chão. Ela então recebeu voz de prisão por desacato.
A advogada estava na DDM para pedir o cumprimento de um mandado de busca e apreensão de um homem contra quem há acusações de agressões e falta de pagamento de pensão alimentícia.
De acordo com seu depoimento, enquanto conversava com o delegado sobre o caso, um policial civil que estava presente se irritou e, exaltado, teria começado a gritar com ela. Foi quando Eduarda, assustada, ligou o celular e houve a agressão.
Segundo o advogado Bruno Alvarenga, um dos sócios do escritório Albuquerque & Alvarenga, onde Eduarda trabalha, o celular dela foi apreendido e ela tinha hematomas nos braços.
A seção de Barueri da Ordem dos Advogados do Brasil, por meio de sua Comissão de Prerrogativas, acompanhou o caso durante toda a quinta-feira para dar assistência a Eduarda. A entidade acompanhará as apurações. “A OAB-Barueri não admitirá nenhum tipo de violência, principalmente em se tratando de mulheres e sobretudo contra as advogadas”, afirmou o presidente da Ordem na cidade, José Almir.
O Barueri na Rede procurou a Secretaria de Segurança Pública para obter informações sobre o episódio e saber dos próximos passos que serão tomados. A pasta afirmou que o caso deve ser encaminhado à Corregedoria da Polícia Civil, órgão que fiscaliza os desvios de conduta de policiais. Também confirmou que o trabalho policial será acompanhado pela OAB, como forma de garantir a lisura das investigações. Os nomes dos dois policiais envolvidos não foram divulgados.