Em reunião realizada na sexta-feira, 10/1, condições apresentadas pela Liga foram aceitas

Uma reunião realizada na sexta-feira, 19/1, selou o acordo para a realização dos desfiles de carnaval de Barueri deste ano. Participaram dirigentes da Liga Independente das Escolas de Samba de Barueri (Liesb) e representantes da prefeitura, da Guarda Municipal, da Polícia Militar, dos Bombeiros e do Ministério Público. Do encontro saiu o texto que aprova as condições oferecidas pela Liesb para as exigências feitas pelos diversos órgãos.
As negociações para a realização dos desfiles se arrastaram por quase todo o ano passado. “Foram feitas exigências bastante duras, mas atendemos tudo o que foi pedido e o carnaval de 2018 está garantido”, afirma o presidente da Liesb, André Alexandre Silva. “Tivemos grande apoio da prefeitura para isso.” Os dois principais itens que eram cobrados da entidade diziam respeito a segurança e infraestrutura.
No acordo final, ficou decidido que a prefeitura vai ceder três ônibus para cada escola transportar seus componentes, equipamento de som, 100 banheiros químicos e a instalação de uma grade de 430 metros ao longo da avenida Guilherme Perereca Guglielmo, em frente ao ginásio José Correa.
Cada escola terá direito a instalar duas barracas de bebidas e comidas e deverão usar apenas equipamentos elétricos. Por exigência do Corpo de Bombeiros, fogões a gás estão proibidos.
A segurança ficará por conta da Polícia Militar e da Guarda Civil Municipal, mas a Liga se compromete a ter uma equipe de apoio.
O acordo é um alívio para as escolas, já que no ano passado o desfile foi cancelado dois dias antes da data por falta de documentação e garantias que deveriam ser dadas pela Liesb. O cancelamento foi um baque para as agremiações, que chegaram a duvidar da realização dos desfiles este ano.
As escolas foram divididas em dois grupos e desfilarão no sábado e no domingo de carnaval, dias 10 e 11 de fevereiro. As apresentações começaram no início da tarde e devem acabar no máximo até as 22 horas. A Liga negocia com duas escolas de São Paulo para que cada uma feche um dos dias de desfile. São esperados mais de 10 mil expectadores por dia.
Crise e divisão
A Liga vive uma crise desde o início de 2017, quando foi eleita a atual diretoria. Ao longo do ano, houve muitas críticas e denúncias por parte tanto das escolas quanto da direção da Liesb. Muitos dirigentes duvidavam da capacidade de a Liga organizar e conseguir autorização para a realização do carnaval.
Nos últimos dias, a crise culminou com a decisão de duas agremiações de não participar do desfile. Primeiro, foi a Cadência Paulista, do Parque dos Camargos. E nesta segunda-feira, 22/1, a Verde Rosa publicou em sua página do Facebook informe dizendo que ficaria de fora da festa. As duas agremiações alegam falta de transparência por parte da direção da Liga.
“É uma pena, mas a Liga não pode fazer nada, ninguém é obrigado a desfilar”, afirma André Alexandre. “Vamos ter que remanejar a ordem dos desfiles para suprir essas duas ausências.” Com as desistências, quatro escolas devem desfilar no sábado de carnaval e cinco no domingo.