terça-feira, março 19, 2024
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Câmara anula sessão que rejeitou contas de Furlan

por: Redação

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Vereadores aceitam pedido do ex-prefeito e processo recomeça. Decisão derruba um dos motivos que mantêm Rubens Furlan inelegível

Em sessão tensa, a câmara de Barueri aprovou por 16 votos a 2, nesta terça-feira, 14/6, a anulação do decreto legislativo de 6 de agosto de 2013 que reprovou as contas do ex-prefeito Rubens Furlan para o exercício de 2011.

Carlihos
Carlinhos do Açougue (DEM)

Os vereadores acataram decisão do presidente da câmara, Carlinhos do Açougue (DEM), amparada em parecer elaborado pelo Departamento Jurídico da casa. Carlinhos aceitou os argumentos apresentados por Furlan para pedir a anulação. O ex-prefeito alega que não teve direito a ampla defesa e que a acusação de superfaturamento de shows ainda não foi definitivamente julgada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).

A votação foi realizada nesta terça a pedido do vereador Kascata (PSB). A princípio, o pedido de Furlan foi lido na sessão e deveria ser votado na próxima semana. A antecipação foi criticada por Saulo Gomes (Psol) e Dr. Antônio (PDT). Eles alegaram que não tiveram tempo de estudar a matéria. A decisão de Carlinhos foi distribuída na própria terça.

“O texto foi apresentado de forma emergencial e eu pergunto aos vereadores, por que tem que ser votado hoje, se tramita há três anos”, afirmou Dr. Antônio. Saulo disse ainda estranhar que os mesmos vereadores que rejeitaram as contas em 2013, agora mudem de ideia.

Dr. Antonio2
Dr. Antônio (PDT)

Kascata retrucou dizendo que o julgamento tem caráter político, e que a política é assim mesmo, dinâmica. A mesma linha de raciocínio foi seguida por Miguel de Lima (PRP), que era o presidente da Comissão de Orçamento e Finanças em 2013 e conduziu os trabalhos que levaram à rejeição das contas.

Criticado por mudar de ideia depois de ter feito parecer longo e profundo propondo a reprovação das contas, Miguel reafirmou que seu trabalho foi técnico, mas o voto é político. Ele, Kascata e Maria Evangelista (DEM) dizem que Saulo e Antônio estão empenhados em manter a condenação a Fuirlan porque, como candidatos a prefeito, têm interesse pessoal em tirar o ex-prefeito do páreo.

Em agosto de 2013, poucos meses após uma eleição municipal agressiva, Gil e Furlan estavam rompidos e o prefeito recém-eleito tinha ampla maioria dos vereadores a seu lado, o que facilitou a rejeição das contas do então inimigo político. Hoje, Gil e Furlan se reaproximaram e o ex-prefeito tem a simpatia da maioria da câmara.

A votação das contas de 2011 voltará a seu estágio inicial e Furlan poderá apresentar sua defesa. Não há prazo para a tramitação e, enquanto isso, ele está livre da decisão anterior, que o tornava inelegível. Mas Furlan ainda tem outras pendências na Justiça Eleitoral.

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